quinta-feira, 4 de junho de 2015

As embarcações tradicionais do Sado




Galeão de recreio 



O galeão, fez sucessivamente a pesca e o transporte de sal, sempre ligado ao Sado.
Estava-lhe contudo reservado um futuro mais cosmopolita, as águas longínquas de outros países.
No principio dos anos 70 o estuário do Sado era um verdadeiro museu vivo de embarcações ainda a navegar. Além dos galeões do sal , ainda transportavam carga no rio os últimos dos velhos " Iates de Setúbal " Sendo o galeão uma embarcação adeja e bolineira, de linhas finas, com boas entradas e saídas de águas.

As actividades económicas

A pesca, actividade seguramente importante na época romana ( século I a IV) com a constituição, nas margens do rio, de um dos centros mais importantes de salga de peixe do mediterrâneo ocidental, foi igualmente de desenvolvimento em principio do séc XVI o que acarretou o aumento da actividade salineira. Manteve ainda grande pujança na época de sessenta, e só a partir desta data se reduziu consideravelmente à poluição das águas. 
O comércio do sal no estuário do Sado, cujo primeiro vestígio documental data de 1274, tem sido de há muito uma actividade de maior importância económica e social em Setúbal, tendo mesmo, a partir de meados do século XIV, adquirido importância económica a nível nacional.
Diferente do sal de outras proveniências o sal de Setúbal, pelo efeito que produzia na salga e conservação de arenque, tornando-o mais branco e saboroso, era um produto muito apreciado, especialmente no norte da Europa, o que levou a que, durante muito tempo, tenha sido o grande responsável pela relações comercias desenvolvidas entre a a vila de Setúbal e os países nórdicos
Estas duas actividades para a exploração/ comércio de sal, foram responsáveis pelo fomento da construção naval em Setúbal.




O "Laitau" também era uma embarcação destinada à carga, com casco semelhante ao do Iate, com dimensões ligeiramente inferiores e que armava um só mastro. O convés era igualmente corrido, apresentando duas grandes escotilhas destinadas à carga e duas mais pequenas para os alojamentos.
Um dos pormenores importantes que distinguem um Laitau de um Iate, é que neste o varão de escota era fixado no cadaste e no Laitau era fixado nas bordas falsas.
O galeão de carga, também designado por galeão do sal, é uma embarcação à vela, com um só mastro, de formas finas e elegantes, que foi primeiramente utilizado na pesca, e posteriormente, com adaptações sucessivas, utilizado para o transporte de mercadorias.



Galeão de pesca 

Cerca de 1890  a escassez de pesca no golfo da Biscaia levou a que se instalassem em Setúbal, vindos da Bretanha, alguns franceses, fabricantes de conservas.
Inicia-se então na cidade, a indústria de conservas de peixe enlatadas, o que, exigindo maiores quantitativos de pescada, obrigava também a um maior esforço de pesca.
Os galeões, oriundos da ilha Cristina, no sul de Espanha, aparecem pela primeira vez em Portugal, ainda que com bandeira espanhola, a zona Algarvia de Monte gordo, em 1877. Só mais tarde, por volta de 1890 e vindas através do Algarve, se começou a utilizar entre nós a arte de pesca denominada "cerco de galeão". Esta arte tinha como embarcação principal o "galeão de remos" que armava uma grande vela triangular latina, e que era impulsionado por 14 remos movidos por 34 remadores, quando o vento faltava,
A pesca, inicialmente feita pela arte do "cerco de galeão" foi pouco depois substituída pela do "cerco americano" mas o galeão à vela e a remos continuou.




Galeão do Sal 

Por volta de 1925, com o aparecimento dos 1º vapores, a pesca de cerco, a remos e vela, desaparece em toda a costa. Apenas no Sado se descobriu uma nova utilização para os velozes e elegantes galeões.
Com uma pequena adequação do convés e divisão da grande vela triangular latina em duas, caranguejeira e estai, passam a fazer transportes no Sado, sobretudo de sal. Eliminada a grande e pesada verga de vela triangular, de difícil manobra, foi possível reduzir a tripulação a dois homens, por vezes a um casal .
Foi aquela  redução da tripulação que permitiu, em competição com a camionagem, a sobrevivência ate aos anos 70.



Navegável desde épocas remotas até Porto- Rei , o Sado ligava os vários estabelecimentos da época fenícia ( Abul) e romana ( Portos de Alcácer, Tróia e Setúbal).
Até meados deste século, o transporte das principais mercadorias na região do Sado efectuava-se por via fluvial. Um relatório da Direcção geral dos Serviços Hidráulicos registava em 43 portos e cais, no ano 1956, a movimentação total de 105 mil passageiros e cerca de 30 mil toneladas de mercadorias, arroz, sal, batata, adubo, tudo por ali circulou até finais dos anos sessenta.
No entanto, em 1920, com a inauguração do troço da linha ferroviária entre Setúbal e Alcácer do Sal
 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Embarcações

A evolução do barco

A jangada



Desconhece-se a data da sua criação mas sabe-se que foi o primeiro barco a ser usado pelo homem primitivo.



Os barcos gregos e romanos

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Os gregos foram os mais hábeis e audaciosos marinheiros da antiguidade e os seus barcos tinham características extraordinárias isso levava a que os romanos copiassem os modelos romanos.

A vela latina 

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Em princípios da idade média apareceu no mediterrâneo esse tipo de vela. A origem deste tipo de vela é incerta. Uns dizem que é árabe, outros que provém da vela chinesa,e há ainda quem assegure que vem da índia.

A nau dos descobrimentos 

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Na época dos descobrimentos apareceu este tipo de embarcação uns diziam que era uma caravela, outros diziam que era uma carraca mas acabaram por lhe chamar "nau" tinha as vantagens das duas e evitava os seus defeitos.

Os grandes navios do século XVII 

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Através do galeão de guerra no mar criado pelos ingleses nasceu um novo tipo de barco de guerra: o navio. Com ele chegou-se à fundação de uma dinastia de grandes barcos de guerra que durariam até meados do século XIX


O barco a vapor 

barco a vapor

Em 17 de Agosto de 1807, um barco de 42 metros fazendo muito ruído e lançando muito fumo subiu a corrente de Hudson  esse barco era o Clermont , o primeiro barco a vapor.


O inimigo invisível (o Submarino) 

submarino

A ideia de navegar debaixo de água é muito antiga, mas nesse desejo só se concretizou nos finais do séc XVII. Apesar do submarino ter sido utilizado na primeira Guerra Mundial mas só adquiriu a sua verdadeira importância na segunda Guerra Mundial.


O porta aviões  

porta-aviões

Este barco era utilizado para transportar aviões de lançamento ou lança-torpedos.
A sua eficácia ficou provada nas grandes batalhas navais do pacifico entre norte americanos e japoneses, cujas naves nunca se avistaram entre si.


O futuro  

futuro

A eminente escassez de petróleo pode empurrar para o uso generalizado da energia atómica. Pode suceder também que haja necessidade de recorrer a outras fórmulas, como o vapor ou a vela.
Não sabemos se aconteceram catástrofes que nos obriguem a construir barcos completamente diferentes dos conhecidos. Pois não sabemos o que o futuro nos reserva.

A evolução das embarcações ao longo do tempo

                                                           As embarcações
O desenvolvimento das embarcações e a descoberta de novas técnicas de navegação tornaram possível aos seres humanos atravessar rios, mares e oceanos, vencendo longas distâncias.
   Das canoas de madeira às grandes embarcações, como os transatlânticos, houve muitos progressos.


                                      As canoas e os barcos à vela 
  As canoas são consideradas as primeiras embarcações utilizadas para o transporte de pessoas e de carga. Aproveitando a correnteza da água ou usando remos, os navegadores moviam as canoas, percorrendo pequenas distâncias.

                                 

   Com o tempo, foram inventados os barcos à vela, que se moviam impulsionados pela força do vento. A utilização dos barcos à vela tornou possível navegar distâncias maiores do que aquelas percorridas pelos barcos a remo.

     As caravelas 
   O aperfeiçoamento dos barcos à vela deu origem às caravelas. Estas foram inventadas pelos portugueses há cerca de 600 anos.
    As caravelas eram embarcações mais ágeis e velozes, e possibilitaram a realização de grandes viagens marítimas. Foi a bordo de uma caravela que Pedro Álvares Cabral chegou às terras que atualmente formam o Brasil.

   
                                             As embarcações atuais 
Depois dos primeiros barcos a vapor, que surgiram há cerca de 200 anos, muitas embarcações começaram a utilizar motores movidos a diesel, um óleo combustível. Além disso, modernas turbinas a vapor foram desenvolvidas para mover grandes navios. As viagens tornaram-se, então, mais rápidas. 


Atualmente, os navios de carga transportam uma grande quantidade dos mais variados produtos, desde alimentos perecíveis até automóveis e petróleos.
   Existem também os transatlânticos, que navegam nos oceanos e se destinam ao transporte de muitos passageiros.
  


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Porque o homem sentiu necessidade de criar uma jangada/ caravela?

Desde o princípio, o ser humano, como praticamente todos os seres vivos capazes de locomoção, sentiu a necessidade de se deslocar, uma vez que os povos recolectores sedentários só apareceram mais tarde na história da humanidade. O primeiro meio de transporte consistia como é óbvio nas capacidades naturais de locomoção de cada um, ou seja, pelo próprio pé. À medida que a humanidade se foi desenvolvendo, foram também aumentando os grupos de indivíduos e de bens a transportar, o homem sentiu necessidade de criar uma caravela/ jangada porque precisava de se transportar à procura do seu próprio alimento. 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Os golfinhos do Sado

A espécie de golfinho que habita no Sado é o roaz ( Tursiops truncatus). É um mamífero marinho que pertence à ordem dos cetáceos, onde estão identificadas cerca de 80 espécies diferentes de baleias, golfinhos e botos.
À excepção das regiões polares, os roazes tem uma ampla distribuição mundial: habitam as águas frias, temporadas e tropicais de todo o mundo, podendo ser encontrados tanto em baías e águas costeiras, como nas águas profundas dos oceanos.



A população residente de roazes do Sado é única em portugal e rara no mundo. 
Ao longo de todo o ano, estes golfinhos podem ser observados no interior do estuário do Sado e na costa marinha adjacente, costa de Tróia e da Arrábida.
Desconhece-se á quanto tempo os roazes vivem no Sado. Tudo nos leva a crer que aqui residam desde muito tempo. O registo mais antigo do avistamento de dois golfinhos no Sado, data de 1863, e é do naturalista José Vicente Barbosa du Bocage. Outro registo data de 1980, quando foi capturado um roaz adulto no Sado, cujo esqueleto, completo, encontra-se exposto no Museu zoológico da Universidade de Coimbra.

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Os primeiros estudos da população de roazes do Sado, data do inicio dos anos 80. Nessa altura contaram-se perto de 40 golfinhos, mas nas últimas décadas registou-se um declínio. Nos anos 90 o número de roazes manteve uma média de 30 indivíduos. Em 2005, chegou a contar-se apenas 22 animais.
Neste momento habitam no estuário do Sado 27 golfinhos. Este aumento do número de roazes no Sado poderá estar relacionado com o facto de se ter deixado de registar a emigração de alguns animais desta populção, por outro lado, com o sucesso reprodutor deste grupo, uma vez que a taxa de sobrevivência das suas crias passou a superar os 80%
Isto é, entre 1998 e 2005, registou-se o nascimento de 14 crias e apenas 3 ficaram na população. Entre 2005 e 2011, nasceram 11 crias e 9 sobrevivem.


A reprodução desta espécie é lenta, isto é , a mae da a luz uma cria ( de cada vez), após um período de gestação de 12 meses.
Desde o momento em que a cria nasce, a progenitora acompanha-a durante um período que pode variar entre os 3 a 5 anos, e só depois volta a estar preparada para uma nova gestação.
Todos os golfinhos do Sado encontram-se foto-identificados tendo sido atribuído um nome a cada um deles. A distinção é feita através das suas barbatanas dorsais, estas diferem no seu tamanho, forma e cortes. Cada uma é única!


Existem no momento na população de roazes do Sado 5 crias, 4 juvenis e 18 adultos. São considerados crias até ao momento de separação da mãe, entrando, numa fase juvenil, quando são mais independentes. A partir dos 8 a 10 anos de idade entram na idade de reprodução e são considerados adultos. Podem atingir uma longevidade de cerca de 45 anos de idade.
Distinguir os golfinhos machos das fêmeas é uma tarefa complicada pois a única diferença morfológica evidente relaciona-se com as fendas genitais. Conseguimos identificar as fêmeas quando estas têm crias, pois acompanham-nas durante os primeiros tempos das suas vidas ( cerca de 3 anos), sendo por isso fácil de presumir que são fêmeas. No Sado, identificamos sete fêmeas e cinco machos.  


sexta-feira, 22 de maio de 2015

Barcos de fibra

Fibra de carbono- É uma fibra sintética composta por finos filamentos de cinco a dez micro metros de diâmetro e composta principalmente de carbono. Cada filamento é a união de diversos milhares de fibras de carbono.
É uma fibra sintética porque é feita a partir de "poliacrilonitrila".
Possui propriedades mecânicas semelhantes as do aço e leve como madeira ou plástico.
Por sua dureza tem maior resistência ao impacto do que o aço.


Tipos de Pesca

Pesca à Tacada


Pesca Embarcada



Pesca da Tainha
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Pesca da Sardinha